Venda de casas aumenta no início de 2014

  • Publicação: segunda, 19 maio 2014
Venda de casas aumenta no início de 2014

Venda de casas aumenta no início de 2014 com 14% de investimento estrangeiro - APEMIP

O número de venda de casas em Portugal aumentou no primeiro trimestre de 2014, com o peso do investimento estrangeiro a representar 14% do total, informou o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

“Um fator que puxou por este trimestre foi o aumento do investimento estrangeiro e, por exemplo, no Algarve começou a vender-se mais”, notou hoje Luís Lima à agência Lusa para explicar a “certa animação” registada nos primeiros três meses, com o aumento de transações em relação ao primeiro trimestre de 2013.
Nos primeiros três meses deste ano, segundo as estimativas da APEMIP, transacionaram-se cerca de 24 mil imóveis.
“Do total do número de transações, 14% são de investidores estrangeiros”, resumiu o dirigente da APEMIP, referindo que, com base num estudo a apresentar brevemente, o “aumento do investimento estrangeiro não é só ao nível do ‘golden visa’ (vistos gold), mas também do programa de residente não habitual”.
A atribuição de vistos 'gold', criados no âmbito do programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento em Portugal (ARI), é feita mediante três requisitos: a aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros, a transferência de capitais no montante igual ou acima de um milhão de euros e a criação de pelo menos 10 postos de trabalho.
De acordo com dados do Governo, foram concedidos, até dezembro, 471 vistos dourados.
“Para mim, o programa do Regime Fiscal para Residentes não Habituais é capaz de ser mais importante”, referiu Luís Lima, revelando que a origem do maior investidor estrangeiro é inglesa.
“Os ingleses continuam a comprar e em segundo lugar já aparecem os chineses e em terceiro os franceses”, informou.
NO primeiro trimestre, o maior número de transações ocorreu em janeiro, com um peso de 37% no total, seguido de fevereiro, com 32%.
“Em alguns distritos, estima-se que aproximadamente 50% das transações incidiram sobre imóveis rústicos”, lê-se no documento.
A Área Metropolitana de Lisboa representou 6,8% das transações registadas no país, enquanto o peso da Área Metropolitana do Porto foi de 5,1%, números que “atestam a diminuição da relevância destas áreas do país, dado a importância das transações de imóveis rústicos em outras zonas”.
Luís Lima referiu ainda que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) está “transformado numa espécie de bomba relógio social, pronta a rebentar a qualquer momento”, devido ao final das cláusulas de salvaguarda previsto para 2015.

  • Fonte: http://online.jornaldamadeira.pt